domingo, 29 de junho de 2008

Manifesto em defesa do conteúdo ou falta dele

O texto tem o direito a ter conteúdo lógico ou ilógico.
Aquilo a que tenho vindo a assistir repugna-me e assusta-me.
Eu não sou nada, mas o meu nada tem conteúdo, por vezes lógico, tantas vezes ilógico.

Com toda a falta de respeito e educação, Eu!

PS.: Talvez para a semana percebam, talvez para o mês que vem. Não queiram, se não perceberem, melhor!

PPS.: Se leram, apanhei-vos!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Sombra - Luz (III)

E então veio a verdade, e com ela veio a sombra, e a sombra devorou-me a fé e confiança que me alimentavam, e eu fiquei a ver, e caía aos poucos. A enorme sombra não tem fim. Não tem princípio nem fim. Existe, e é tudo. O desespero tomou o lugar da confiança, e a loucura veio depois dele. A insanidade apoderou-se de mim. Existia, e era tudo. Então virei-me de novo para a sombra negra e disse, desabafando: “Bem sei que não o poderás evitar a menos que eu to ordene, mas isso já eu fiz e estou pior. Não poderás mesmo, pôr termo a esta loucura?”. E a sombra, surpresa, respondeu-me: “Acaso tens estado a dormir? Lembro-me de te ter dito que o teu problema és somente tu. Não me dás ouvidos? Lembro-me também de ter-te dito que aquilo que me dá força para crescer, dar-te-à força para me combateres, mas tu não pareces ouvir. Tu não queres ouvir!”. E a sua voz estrondosa, qual raio que rasga os céus, derrubou-me e deixou-me estarrecido, deitado no chão de mim mesmo. Olhei em volta, mas não via nada. A sombra era tudo. Disse-me ainda: “Está visto, não tens salvação. Ouve-me: Onde há sombra, terá de haver a luz que a cria. E dela nasce a sombra que enche este lugar. A luz que me cria será a luz que me destruirá. Mas não enquanto continuares a lamentar-te e a pedir ajuda. Levanta-te, concentra-te na luz e ela te ajudará.” Estupefacto, perguntei de volta: “Porque me dizes tu isso? Sabes que assim serás apagada e deixas de existir. Não tens medo de deixar de ser?” e a sombra riu e disse:
”Tu não ouves mesmo! Eu disse-te antes, que nunca, ninguém me conseguiu extinguir, e que esperava que fosses o primeiro, mas não serás, vejo-o agora. Eu nunca deixo de ser, eu sou, e sempre serei. Podem reduzir-me a algo insignificante, mas nunca ninguém me extinguirá”. Ouvindo isto, pus-me de joelhos e a custo, procurei a luz por que esperava. Lá estava ela, por detrás da sombra, tem que haver uma luz. A sombra não existe sem luz, e toda a luz cria a sua sombra. A sombra nasce da luz, e ela a destrói. Concentrei-me na luz que dantes me dava confiança e na qual eu depositava a minha fé, e lentamente, a sombra foi diminuindo, entre gritos de dor e agonia, meus e dela. No entanto, não desapareceu por completo. Ainda continua lá dentro, uma pequena réstia que insiste em crescer de vez em quando, mas contra a qual encontrei a salvação, a luz que a cria, e que me guia a mim. Talvez um dia a luz me invada de tal maneira que deixe de haver sombra, ou sequer sombra de sombra. Até lá ela vive, e eu vivo com ela.

E então veio a verdade, e com ela veio uma sombra. E atravessando-se no meu caminho disse-me ao ouvido: “Bom dia caminhante. É tua toda esta aura que aqui sinto? Possuis tu uma convicção tão fortemente inabalável?” E eu, sorrindo, disse: “É minha. Esta é a convicção pela qual vivo. Esta é a aura que de mim sai, que me suporta de pé.” E disse isto sorrindo, feliz de mim mesmo. Mas aquela sombra, cujo semblante era amistoso e contente, ficou subitamente triste e preocupada. E vendo-a triste, vendo-a preocupada, perguntei: “Que foi? Não achas grandiosa a minha convicção? Não te dá gozo ver a forma como tenho vindo a crescer fé dentro de mim?” E com o mesmo semblante, preocupado e triste, disse-me em resposta: “Tu , cuja convicção e fé são inabaláveis, serás posto à prova, e aí se verá bem, aos olhos do mundo, aquilo que valem as tuas certezas. E então, serão também postos à prova os teus ideais e o teu carácter, e sairás desse caminho, provando que tens uma fé inabalável, ou pelo contrário, provando que, engrandecendo a tua fé, engrandeceste a tua queda e ruína.” E eu, confiante e com firmeza, disse enchendo o peito: “Velha sombra, a minha provação já veio e já foi. Aquilo que dela sobrou ajuda-me agora a lidar contigo, sempre que voltas. Tu não existes, apesar de não deixares de existir. És um pedaço do que outrora foste, e não me assustas mais. Mas obrigado, o teu conselho, sabê-lo-ei aproveitar. E quando chegar a minha prova, sairei deste caminho, provando que tenho uma fé que, não sendo cega, é inabalável como digo.” E a sombra sorriu, voltando ao seu ar amistoso e contente, e partiu para longe, deixando-me prosseguir o meu caminho em sossego.


2 de Junho de 2008
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(III)

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Sombra (II)

E então veio a verdade, e com ela veio desgosto. E o desgosto consumiu-me por momentos, mas a sua fonte era saudável, e o desgosto foi pelo seu criador consumido. A verdade veio, e trouxe consigo o desgosto, mas foi-se o desgosto e permaneceu a verdade. A confiança, a aura, a fé, mantiveram-se e cresceram. E então, com o desaparecimento do desgosto, veio a dúvida, circundada por uma grande sombra negra, cujo semblante era triste e preocupado. E a sombra crescia, e apesar de inicialmente tentar fazer-lhe frente, deixei que crescesse, enquanto via perplexo, o tamanho que tinha atingido. A sombra, grande e negra, começou então a diminuir o seu tamanho, lentamente, porquanto começou a engolir a aura na qual habitava. A aura de fé e confiança. E eu, sem fazer nada, quase com gosto, vi-a devorar a minha convicção e abalar a minha fé, tal como tinha sido profetizado. Resignado, falei-lhe, dizendo: "Então vens assim, tal como me tinhas anunciado, para que tudo aquilo em que acredito caia por terra, a meus pés, e o desgosto volte, alimentado pela dúvida e desconfiança que crescem dentro de mim? Diz-me, não poderias tu deixar de me comer a fé? Não o podes parar? Vejo o teu semblante. Estás triste, e há preocupação no teu rosto. Não desejas o que fazes, pois não? Não o podes parar?" E o rosto triste da sombra ficou especialmente negro, e respondeu assim: "Não. A resposta é não. Não, não posso deixar de te comer a fé, não o posso evitar. E não, não desejo fazer aquilo que faço." E levantando a voz perguntei-lhe: "Porquê? Porque não o podes fazer?" E a sombra, baixando a cabeça disse em tom baixo: "Não o posso parar, pois és tu quem me conduz. Tu é que me guias enquanto te devoro a fé. A tua fé está nas tuas mãos, só tua a salvas, só tu a destróis. Eu sou apenas o instrumento do qual te serves para te auto-destruíres." Aí, quebrando em lágrimas gritei interrogando: "Rogo-te, diz-me, por favor, diz-me, como paro eu a mim mesmo? Eu não quero perder a confiança, não quero perder a fé, não me quero perder a mim com elas." E a sombra, num murmúrio quase inaudível disse-me ao ouvido, de novo: "Tu, neste momento, não te salvarás por tua mão. A fonte da minha força será a fonte da tua. Usa-a e terás salvação." E eu, fiquei perplexo, olhando a minha fé ser consumida, sem saber como me parar a mim mesmo.

26 de Maio de 2008
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(II)

terça-feira, 10 de junho de 2008

Sombra (I)

E então veio a verdade, e com ela veio uma sombra. E a sombra, atravessando-se no meu caminho disse-me ao ouvido: “Bom dia caminhante. É tua toda esta aura que aqui sinto? Possuis tu uma convicção tão fortemente inabalável?” E eu, sorrindo, disse: “É minha. Esta é a convicção pela qual vivo. Esta é a aura que de mim sai, que me suporta de pé.” E disse isto sorrindo, feliz de mim mesmo. Mas aquela sombra, cujo semblante era amistável e contente, ficou subitamente triste e preocupada. E vendo-a triste, vendo-a preocupada, perguntei: “Que foi? Não achas grandiosa a minha convicção? Não te dá gosto ver a forma como tenho vindo a crescer fé dentro de mim?” E com o mesmo semblante, preocupado e triste, disse-me em resposta: “Tu, cuja convicção e fé são inabaláveis, serás posto à prova, e aí se verá bem, aos olhos do mundo, aquilo que valem as tuas certezas. E então, serão também postos à prova os teus ideias e o teu carácter, e sairás desse caminho, provando que tens uma fé inabalável, ou pelo contrário, provando que engrandecendo a tua fé, engrandeceste a tua queda e ruína.” E desesperado perguntei, à sombra que se me atravessara no caminho: “Porque me profetizas isso? Porque me amaldiçoas dessa forma? Acaso cometi alguma injúria para contigo ou alguém que seja? Acaso dei motivos ao destino para que me tratasse como relatas? Ou terás tu, no teu íntimo, inveja da minha inabalável de perfeita harmonia e confiança?” E aquela sombra, adoptando um sorriso malvado, respondeu-me desta forma: “Inveja? De que deveria eu ter inveja? De um pobre louco que julga ter forças para enfrentar o mundo, e que cairá pela ocasião da próxima vicissitude? Inveja de alguém que, no seu coração, guarda sagrado o mundo que o vai destruir? Fica pois sabendo que eu habito dentro de ti, e que, apesar de pequena, crescerei a um ponto, em que drenarei toda a aura confiante que te rodeia. Inveja? De ti sinto apenas pena.” Então, olhando fixamente aquela sombra escura, disse-lhe decidido: “Assim te digo que a minha convicção e fé não têm limites, e que se um dia, como dizes que acontecerá, for posto à prova, verás como tenho razão. E aí, não crescerás, e diminuirás, definhando, até te extinguires.” A sombra, voltando ao seu ar triste e preocupado, respondeu: “Vejo que a tua confiança e dedicação para com o teu mundo te deixam cego. Segue então o teu caminho, não te importunarei mais. Eu vou contigo, pois ninguém nesta vida jamais me extinguiu, e espero, para teu bem e dos outros, que sejas o primeiro a consegui-lo de facto. Boa sorte, vais precisar dela. E lembra-te. Lembra-te do que te disse, sempre que eu crescer dentro de ti.” E eu, num misto de felicidade por me ver livre daquela sombra, e de apreensão pelo que me havia dito, perguntei-lhe por fim: “Mas afinal, quem és tu, que dizes viver dentro de mim, e ter o poder de destruir a minha certeza e confiança, a minha fé. Quem és tu, sombra negra?” E aconteceu que, voltando-se para trás, com uma expressão que nada transparecia, disse-me: “Eu, sou a sombra da dúvida. Eu, que vivo dentro de ti e tenho o poder de destruir toda a tua fé. Eu, que crescerei quando fores posto à prova, e que te destruirei, a menos que me impeças. Adeus. Segue o teu caminho. Tu e a tua fé!” E ali, parado naquele caminho, vi-a partir, como se não o estivesse realmente fazendo.

26 de Maio de 2008
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(I)

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Ciclo Preparatório VI

Ciclo Preparatório VI:

Linkin Park - In the End



Depois destes poucos anos em que eles estiveram activos, uma das primeiras, continua a ser a melhor: Linkin Park, In the End.

Live acts:

Muse - Knights of Cydonia
The Offspring - The Kids Aren't Alright
Linkin Park - Crawling

E pronto, não vos chateio com mais tretas de música lol.
Eu sei que já tinham saudades dos meus textos idiotas, por isso, no dia 9 (segunda-feira) retomo os posts "normais" deste blog.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Ciclo Preparatório V

Ciclo Preparatório V:

WTF LOL!

O vídeo tá giro sim senhor. A música, lembro-me de ouvi-la no carro do meu pai quando ia pôr uma amiga da Filipa a casa. A amiga da Filipa chamava-se...Filipa, e consta que adorava Offspring. Sim senhor, na altura eu achava-lhe graça. Hoje em dia, aplaudo a Filipa! (a amiga. lol)

(Novamente, os Offspring não querem que "embebedemos" os vídeos deles. Problems with alchool!? o.O)

The Offspring - Pretty Fly (For a White Guy)

Dia 6 termino o cilco com um vídeo de Linkin Park e com os links de 3 vídeos ao vivo das 3 bandas. Dia 6 é também o dia do concerto. "Eu vou!" What about you!?

domingo, 1 de junho de 2008

Ciclo Preparatório IV

Ciclo Preparatório IV:

Muse - Starlight